O destino e o amor levaram a pitcher mexicana de softbol Mariana Patraca a deixar o México para viver no Brasil. Mas, nem o amor, nem a distância ofuscam a paixão que a empenhada jogadora tem por sua modalidade. Tanto que para ela os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011 significam a chave de ouro que poderia fechar dez anos de participação da equipe mexicana, com o que regressa ao país com a intenção de conquistar uma medalha de ouro em casa.
"Vim ao México, mas para os Jogos Pan-Americanos. Estou vivendo no Brasil, mas com o coração no México. Por isso, não poderia perder esses Jogos, porque esse ano completo dez anos na seleção do México e seria uma maneira de fechar com chave de ouro", disse a jogadora de 27 anos.
Mariana tem um noivo brasileiro, o que a fez mudar para São Paulo. E, mesmo que no Brasil, o beisebol e o softbol são modalidades que se praticam pouco, isso não deteve a pitcher de buscar a forma para seguir praticando o esporte que a levou longe. Lá, se encontrou com a colonia japonesa estabelecida em São Paulo, aonde encontrou um nível aceitável e que funcionou para melhorar seu nível.
"Quando cheguei, passei a investigar onde havia softbol por lá. São colonias japonesas que jogam. Realmente no Brasil, o softbol ou o beisebol, que são esportes irmãos, não são muito conhecidos, mas felizmente há equipes e há um bom nível, porque os japoneses trazem muito do esporte em sua cultura. Eu joguei um campeonato interclubes lá e encontrei com um nível muito bom. Também me serviu muito porque são outro tipo de jogadoras, são mais rápidas, tocam mais a bola, é um jogo mais curto", explica Patraca.
Mariana, que estudou economia, trabalha em São Paulo em uma oficina administrativa, mas confessa que passou por sua cabeça a intenção de renunciar se não conseguisse permissão para participar dos Jogos Pan-Americanos. Felizmente conseguiu participar e hoje está na Vila Pan-Americana.
Agora, para Mariana, a prioridade é buscar uma medalha nestes Jogos Pan-Americanos, aproveitando vantagem que lhe dá a equipe de softbol por chegar como campeãs da América Central. A mescla de uma equipe jovem e experiente dá a Patraca a ilusão de ir além.
"Este é um trabalho que viemos tendo de um tempo atrás. Este ano fomos aos Jogos centro-americanos de Guatemala e nos tornamos campeãs invictas. Realmente sabemos que sempre é mais difícil o apoio aos esportes de equipe, mas felizmente este ano, com os Jogos Pan-Americanos, temos um bom time e se armou um conjunto de pessoas de experiência com outras mais jovens".
"Há muita velocidade, mas também muita experiência e a verdade é que vamos com tudo. Estamos muito emocionadas por jogar aqui. Nos preparamos para chegar nas semifinais e, por que não? a ganhar uma medalha", disse.
E, mesmo que o softbol não seja uma modalidade não muito concorrida no México, Patraca se diz feliz pelo apoio que a equipe terá durante os Jogos Pan-Americanos, pois sabe que isto o ajudará a que a modalidade cresça e haja mais meninas interessadas em jogar.
"Estou surpresa por isso (o apoio). Estamos conscientes de que nós não temos muita ideia do que é o softbol, pois me alegra saber que agora já estão vendidos todos os ingressos. É uma emoção saber que vai haver muita gente aqui, nos apoiando e conhecendo mais o esporte. Porque isso é o que queremos fazer, que a modalidade cresça cada vez mais", concluiu.
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